16/05/2024

Por Tássia Catarina Guimarães

Media Training para sobreviver na Era da Mídias Sociais

Para continuar se mantendo em posições competitivas e crescer no mercado uma organização precisa estar apta para a comunicação eficaz através das diversas plataformas de mídias  digitais.  Por isso, um programa de Media Training atualmente não pode contemplar apenas estratégias para lidar os clássicos veículos de comunicação, como eram esses treinamentos, século passado.

O Curso Media Training ministrado pela jornalista Tássia Catarina Guimarães   CEO da Cibermídia Comunicação Marketing tem uma abordagem amplamente atualizada, englobando as novas mídias. Este curso voltado para porta-vozes é ministrado não só em Salvador, Bahia, onde está situada a nova sede, mas também no formato on line. As turmas do Media Training EAD são realizadas em diversas modalidades. Ocorrem em turmas fechadas, in company,  mas também há programas com abordagem de personal media training para executivos. Periodicamente  também abrimos turmas abertas para cursos on line.

A demanda de Media Training no atual cenário

A reputação, conjunto de percepções que vai muito mais além de produtos e serviços, é um fator central no comportamento do novo consumidor. Este ativo sensível e mutável é influenciado fortemente pelas plataformas de avaliação e de mídia social. Está claro que há uma forte relação entre reputação, mídias sociais e resultados organizacionais. Com uma má reputação, piorada por uma falta de tato no contato com os diversos públicos na rede, é muito mais difícil para uma empresa navegar no mercado, especialmente neste ambiente de grande competição. 

Na arena das novas mídias, entra em jogo todo tipo de informações, desde comentários a avaliações de outros consumidores. Seguem em curso, neste ambiente, mudanças profundas.  Não só no que diz respeito aos canais de comunicação das empresas, mas também na comunicação dos próprios clientes. 

Na fase atual da Internet, as pessoas não estão apenas interessadas em informação. Querem interagir, debater, provocar, influenciar e criar outras ligações. Conexões, afinal, estão no DNA do ser humano.

Estar a bordo e se preparar para ataques

Não há onde se esconder. Se uma companhia se recusa a criar e manter perfis nas plataformas de mídia social, favorecem o aparecimento de perfis não legítimos com o nome desta empresa. Neste ambiente de Internet 2.0 inclusive são criadas comunidades de usuários que odeiam determinadas empresas.

Pessoas com interesses e objetivos em comum rapidamente se aglutinam em um grupo de pressão. A web social oferece todas as ferramentas necessárias para que as comunidades de usuários de uma determinada empresa sejam facilmente implementadas, de forma grátis, e com grande potencial para multiplicação e adesão de outros.

O anonimato é viabilizado pelas mídias sociais, onde inclusive existe uma quantidade imensa de perfis falsos, favorecendo a livre opinião de “terroristas de teclado”. A facilidade de criação de perfis fictícios acaba sendo uma via para que indivíduos agressivos e ressentidos extrapolem todos os limites para atacar e combater outros indivíduos e organizações. 

A mídia social, por definição, é o conjunto de meios online, com tecnologias que permitem aos diversos usuários a troca de informações. No ecossistema da web social também estão incluídos blogs e comunidades online, aglutinando grupos de pessoas com pelo menos um interesse em comum. A temática destas comunidades tanto pode ser um hobby como um inimigo em comum, como por exemplo, uma empresa.

Novas plataformas para comunicação clientes

Na web 2.0 os consumidores são co-criadores. Depois de criar seus conteúdos, eles imediatamente os postam nas mídias sociais. Tudo facilmente, com aquele dispositivo que carregam no bolso, semelhante ao canivete suíço, mas que tem o poder de conectá-los ao planeta inteiro. Por isso, defendemos aqui que estamos na Era do Cliente Comunicador.

Vai longe o início da Internet, nos anos 90, em que os usuários eram passivos e apenas consumiam informação. Hoje todos aproveitam as plataformas digitais para emitir suas opiniões e sabem que há poder nisso. Os líderes clássicos de opinião como os jornalistas, neste cenário, podem ser muito menos influentes do que comunicadores não profissionais que têm capacidade de engajamento nas redes sociais.

As manifestações dos novos clientes comunicadores são expressas através de comentários, avaliações e imagens. As próprias mídias tradicionais, como, por exemplo, as emissoras de televisão, passaram a utilizar fortemente essas ferramentas como instrumentos de participação de públicos. É comum que as audiências postem imagens marcando esses veículos e essas contribuições sejam posteriormente levadas ao ar. Hashtags e outros mecanismos facilitam o monitoramento para os veículos tradicionais.

Os meios de comunicação que vão surgindo vão levando em seu bojo as características dos veículos que historicamente surgiram antes e vice-versa. Tudo em uma grande sinergia, em um efeito de bola de neve, em que tudo vai sendo incorporado.

Os executivos precisam entender claramente que as mídias sociais não são meramente meios de vendas, publicidade e relações públicas. Esses canais devem ser interpretados como plataformas de conversa e interação. Nestas plataformas sociais, a comunicação precisa ser coloquial, simples, direta e dialógica. Não há espaço para monólogos. Esses meios de interação exigem sobretudo uma adequada empatia. Além disso, são demandadas mensagens que sejam significativas para os destinatários.

O desafio para as organizações é construir e nutrir relacionamentos de longo prazo com os usuários das redes sociais. Essas relações devem ser pautadas na honestidade, confiança, respeito, lealdade e transparência. Os valores da política de comunicação da organização precisam permear todos os canais de relacionamento. Desde WhatsApp, a comentários em postagens no feed da empresa, comentários em blogs, ligações telefônicas, etc.

Media training Salvador Bahia

Novos tempos, nova Comunicação Organizacional

No passado, até os anos 90, a comunicação era predominantemente de um para muitos, a chamada comunicação de massa. Antes dali as empresas, quando queriam emitir mensagens para os seus públicos, basicamente investiam em propaganda nos chamados veículos tradicionais: emissoras de TV, rádios, jornais e revistas.

Havia também mídias locais como outdoor, mas, nos anos 60 e 70, eram poucas as alternativas. As grandes mídias reinavam absolutas e isso também significava que o poder estava nas mãos de poucos. Os empresários das grandes empresas de comunicação eram muito mais poderosos do que agora e seus jornalistas, idem. 

No Brasil, tudo começou a mudar, em 1996, quando chegou por aqui o acesso comercial à Internet. Com o advento do século XXI, fim da Internet discada e o incremento das redes móveis, mergulhamos nesta era de interatividade, em que todos falam com todos. As organizações não têm mais a soberania das informações.  

Tássia Catarina Guimarães 

Jornalista, CEO da Cibermídia Comunicação Marketing, mestre em Comunicação em Culturas Contemporâneas pela UFBA (2002) e coach com certificação internacional (2006). Autora do livro “Comunicação com a imprensa, na boa”.

Site: www.tassiacatarina.com